Assim como somos capazes para criar pratos deliciosos utilizando as técnicas de gastronomia, acho importante criarmos soluções para as dificuldades do ser humano. Já conseguimos grandes progressos, a vacina, o automóvel, o computador, e outras soluções...e a pobreza e a fome como tratar?
Embora pouca gente conheça foi com o rei Luís XIII que se iniciou o uso de talheres e a apresentação dos pratos, mas só com o seu sucessor rei Luís XIV, que se deixou de colocar todos os pratos ao mesmo tempo na mesa, seguindo uma ordem: primeiro as sopas, depois as entradas, os assados, as saladas e, por fim as sobremesas, isso porque Luís XIV era uma pessoa que comia muito e apreciava muito esse momento.
Os doces, que antes eram servidos em festas, entrou no cardápio diário à mesa de Luís XIV, e ainda, apesar de gostar muito de comer, ele comia com as mãos. Nessa época, só os nobres tinham instrumentos especiais para cortar a comida. Os talheres eram considerados objetos de uso pessoal, e cada um tinha seu próprio estojo, levando no bolso para o caso de o anfitrião não ter talheres para os convidados.
Observem que a carne, os assados, tinham uma posição privilegiada na mesa, sendo o prato principal.
Filé Mignon é o melhor entre as melhores carnes. É retirado da parte inferior do lombo, na região do traseiro do boi e por isso, é um dos cortes mais apreciados. Extremamente macio, tem sabor adocicado e menos acentuado que a alcatra.
No mundo todo, esse corte é conhecido e apreciado por sua principal característica, a maciez incomparável de suas fibras. Isso se deve ao fato deste músculo ser um dos menos usados pelo animal, deixando as fibras sem qualquer tipo de rigidez.
Tiffany achou que essa seqüência de pratos de comida é muito formal e resolveu entrar direto no prato principal, e optou logo em apreciar um belo pedaço de “File Mignon avec Petit Pois”, lambeu os beiços e de maneira malcriada, sem cumprimentar os presentes, foi se trancar nos seus aposentos.
Ao mesmo tempo, não muito longe, por uma questão de sobrevivência, Charlene não se conteve de fome e sem passar por nenhum outro prato inicial, deu uma mordida num pedaço de sobremesa, o Mud Cookie, apresentado pelo repórter do Telegraph UK, Tom Leonard, como sendo um alimento nascido da tragédia.
O Mud Cookie é uma mistura de barro com sal e margarina após cozido e seco torna se um biscoito.
Parece incrível, mas o biscoito de barro tem sido um alimento de sustento para grávidas e crianças do país Haiti, recentemente destruído por terremotos, para não morrerem de fome...provê um pouco de gordura da margarina, sais minerais da terra, e cálcio.
O retrato de tamanha desgraça tem desafiado o mundo que perplexo e estarrecido tenta socorrer, de alguma forma, aquela gente.
Voltando ao preâmbulo deste artigo entendo que criamos muitas coisas maravilhosas, mas não temos solução para tamanha desigualdade de situações.
A criatividade humana tem sido usada para consumo e conforto, mas já é hora solucionar egoísmos, desigualdades, preconceitos, crueldades ...etc
Aliás, a Tiffany deste artigo é uma cadela poodle, de uma família de classe média em algum país capitalista, que gosta de comer resto de almoço. E Charlene é uma mãe nativa de Haiti, de 16 anos com um bebe de um ano no colo entrevistada por um repórter do Jornal CBS News, após a catástrofe de terremotos que assolou o país da América Central.
Fontes de pesquisa: Jornal CBS News e Telegraph UK
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