quarta-feira, 24 de junho de 2009

SEJA CRIATIVO, POIS A VIDA É UMA ARTE

É agradável pensar em ser criativo e colocar arte em tudo que fizermos. Mas arte, neste caso, é um acrônimo formado pelas iniciais das palavras Atividade, Recursos e Tempo que nos levam a Evolução.

Fui indagado através de um e-mail de um amigo, onde ele me pergunta onde disponho de tempo para as minhas atividades. Aliás, disponibilidade de tempo tem sido o grande vilão e tema para palestras, teorias e muitos debates, desde o surgimento da economia pós-guerra, início do capitalismo moderno.
A economia Mundial, como a conhecemos, iniciou-se basicamente em 1944, onde os policy-makers reuniram-se e criaram três instituições o Fundo Monetário Internacional (IMF, International Monetary Fund), responsável pela manutenção de um sistema de câmbio estável; o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (IBRD, International Bank for Reconstruction and Development), mais tarde denominado Banco Mundial (World Bank); e finalmente o Acordo Geral de Trocas e Tarifas (GATT, General Agreement on Trades and Tariffs), criado em 1947.
(Fonte: Ngaire Woods, International Political Economy in an Age of Globalization, 2000)
Ou seja, a equação da solução e recuperação foi focada em como trocar dinheiro, guardar, acumular e finalmente gastar.
O mundo teria que se recuperar de tamanha devastação da Segunda Grande Guerra, e todos necessitavam ter de volta o que perdeu e até ficar ricos, e para isso teriam que trabalhar, porém, queriam também desfrutar de algum tempo para o lazer e a família.
A equação neste ponto da história parece que não se resolveu. Ou trabalha ou descansa. Ou trabalha e adquire bens ou fica pobre e não evolui. Ou trabalha e fica rico mas resignar-se em não ter tempo para o laser.
Daí a frase A VIDA É UMA ARTE, e, extraindo da frase a palavra ARTE, e com ela formei o acrônimo das palavras Atividade, Recurso, Tempo e Evolução.
Com criatividade e bom senso podemos atingir o equilíbrio entre Atividade, Recurso e Tempo.
Considero Atividade, toda ação que nos traz ganho para adquirir ou conseguir algo no futuro, o trabalho é o principal representante, com ele podemos “comprar” Recursos.
E, Recurso são coisas que necessitamos para melhorar o exercício das nossas Atividades, para com ele, multiplicarmos o resultado de nossas Atividades.
Ter emprego, ser empresário, ser artista plástico, são exemplos de Atividades.
Ser membro de uma ONG também é ter Atividade, pois com ela podemos desenvolver amizades e ter amigos. Um amigo é um Recurso em nossas vidas, ele pode lhe ajudar a melhorar uma Atividade.
Exercer uma Atividade com um bom Recurso resulta em ganharmos Tempo, sobrar Tempo, aumentar o Tempo de lazer, para outra vez exercer outra Atividade com esse Tempo economizado.
O Tempo nesta minha proposição é muito útil, pois, possibilitará às pessoas a freqüentarem uma faculdade, um curso de especialização, que melhorará os ganhos e rendimento no exercício de nossas atividades, promoção salarial, mais ganho, mais possibilidades de aumentar o nosso Recurso.
Recurso para, por exemplo, comprar um apartamento perto do trabalho para economizar gasto com condução e outra vez sobrar Tempo para melhorar Recursos ou Atividade.
Quando vejo um artista iniciar a sua carreira, enxergo cada palavra aqui analisada.
O ato de pintar uma tela é uma Atividade, que o pintor exerce no início de sua carreira com pouco Recurso. Mas dispondo de um pouco de Tempo para refletir, pensar e criar, irá gradativamente melhorar as suas obras, aumentará a sua rentabilidade, ao vender obras com melhores efeitos, ganhará mais. Comprará melhores materiais com a sua Atividade de pintar, que logicamente melhorará o seu Recurso, evoluindo no resultado de suas obras.
Suas obras agora estão valorizadas e ele não precisará pintar tantos quadros por dia como antes. Sobrará mais Tempo para que ele estude, aprenda novas técnicas, e logicamente aumentará o seu Recurso na Atividade de pintar, e assim ciclicamente ele irá Evoluir.
Portanto...ATIVIDADE, RECURSO, TEMPO, ATIVIDADE, RECURSO, TEMPO, ATIVIDADE, RECURSO, TEMPO, ATIVIDADE, RECURSO, TEMPO ...EVOLUÇÃO

domingo, 24 de maio de 2009

...ela nos ensinou...


Sempre escolhemos alguma alma iluminada para serem os nossos gurus durante a nossa vida. São seres que nasceram para transmitir e dar mensagens que serão nossas guias ou caminhos iluminados para trilharmos sem erro e com segurança.

Somos criativos por natureza, e graças ao gene da evolução que carregamos, aprendemos e evoluímos. Ao longo de nossas vidas, tivemos a nossa professora do primário, no primeiro ciclo, nossas avós, nossos colegas da faculdade, colegas de serviço, enfim, sempre temos alguém superior que nos orienta ou alguém em quem nos inspirar para sermos melhores. São seres e criaturas que por alguma razão veio ao mundo para aparecer e participar de nossas vidas, ensinando as primeiras letras do alfabeto, ou para interferir em nossas brincadeiras infantis para nos dizer o que é perigoso, ajudar em nossos trabalhos escolares, dar uma orientação profissional.

Porém num dia do mês de maio, apareceu em nossas vidas um ser iluminado que durante o seu convívio diário, preencheu as nossas vidas com intervenções, quando algo estava errado, com pedidos quando a gente não lhe correspondia ao nível, com gestos bondosos quando algo lhe satisfazia.

Preencheu o nosso vazio quando estávamos solitários, porém já deixamo-la sozinha várias vezes, e ela soube mostrar coragem e liderança para dizer-nos que era possível sozinha se dedicar a guardar as nossas coisinhas importantes.

Essa criatura tem sido rigorosamente disciplinada, e disciplina foi uma coisa que aprendemos dela, nunca trair um amigo, ser fiel, e ajudá-lo sempre que possível, nunca faltando lhe um gesto carinhoso.

Tem sido extremamente comunicativa, e comunicação é uma coisa que aprendemos dela, ela nos transmitia e nos ensinou a sermos felizes com coisas simples, mas que tinha muito valor em nossas vidas, o ato de brincar.

Brincar é um ato que ela nos ensinou ser importante, e que se pensarmos, é a essência e o primeiro passo para sermos felizes.

Uma simples bolinha poderia ser a ferramenta para desencadear esses momentos de felicidade

Brincar, rir, conviver, participar sem almejar ganhos e medalhas. Enfim sermos amigos e humanos em nossos instantes de tempo livre.

Valores, ela nos mostrou que custava pouco para atingir certos objetivos, bastava um olhar, um gesto amigo, para conquistar o que era necessário para sobreviver, um prato de comida.

Sempre foi persistente, ensinou-nos que a persistência de um simples gesto, rodeando nos e olhando nos nossos olhos já é o bastante para conseguir o que era necessário.

Era possível também retribuirmos todas as coisas boas que ela nos oferecia, pois sentava ao nosso lado proporcionando-nos a chance de dar-lhe horas de afago que era a moeda de troca de sua benevolência.

Uma pessoa desconhecida, um possível inimigo, não tinha chance de entrar em nossas vidas, pois, a sua pronta intervenção não permitia essa invasão.

A vida cotidiana era equilibrada com a sua participação, demonstrando-nos sempre que hora de dormir era sagrada, que comer na hora certa era imprescindível para a saúde.

Fazia questão de sentar se a nossa mesa nas refeições, pura demonstração de que fazia parte de nossa família, ensinando-nos que marcar presença é um dos requisitos para se conquistar respeito e consideração.

Assim foram 5 anos de convívio e ensinamentos, através de um simples abano de rabo e muitos au-au’s ela soube conquistar a nossa família, unir-nos, mostrar a todos o que queria, o que era necessário e o que era importante.

Sua natureza não lhe permitia uma comunicação com palavras, mas tudo era transmitido e tudo a gente entendia e atendia.

Infelizmente sua última comunicação sobre o seu estado de saúde não soubemos entender. Tentamos o que era possível dentro de nossa "incompetência" humana e racional, que supomos ser inteligentes, mas que muitas vezes não somos.

Um outro Ser superior lhe tirou a sua missão aqui na terra, mas prometemos, lhe retribuir em nossas vidas e praticar tudo que ela nos ensinou.

O que o homem criou podemos consertar, mas o que Ele criou, nem sempre temos capacidade de consertar.

Assim ela se foi...

Será sem sombra de dúvida a nossa guruzinha, Ginger, que, com muita competência e sabedoria ...ela nos ensinou...

sábado, 2 de maio de 2009

Não porque choveu, não porque faltou chuva...


A chuva tem sido a culpa e a desculpa para muita gente, mas como o ser humano costuma não aceitar as coisas, com criatividade dominou a natureza, e educou-se a transpor as dificuldades.

1 - A chuva não foi desculpa

Para um cidadão normal na chuva, o guarda chuva é a solução, mas aquela situação não poderia ser resolvida com um simples guarda chuva.

A chuva já caía sobre o circuito de Interlagos, tornando a pilotagem quase impossível para os que estavam disputando o GP do Brasil. Foi quando Senna, que já havia perdido a terceira e a quinta marchas, ficou também sem a quarta.

Com o câmbio travado na sexta marcha, ele percorreu as últimas sete voltas com cuidado e resolvendo com muita criatividade e destreza cada problema que surgia nas curvas escorregadias devido a chuva que caia, um imenso esforço para manter o carro na pista e não perder tempo em relação a Patrese, que vinha descontando freneticamente a diferença para o líder. Repetindo, debaixo de muita chuva Airton conduzia o seu bólido de maneira heróica.

Só que, naquele dia, um piloto excepcional estava correndo nas pistas de Interlagos, o Ayrton Senna, herói e símbolo de luta dos brasileiros. Levou o carro até o fim da prova, cruzando a linha de chegada menos de três segundos à frente da Williams de Patrese.

Só se ouvia uma palavra em todo o circuito Ayrton! Ayrton! E somente uma cena enchia os olhos de todos os brasileiros presentes naquele episódio, um homem como qualquer ser humano conseguiu contra toda adversidade da natureza, pilotar na chuva mostrando toda destreza e criatividade no volante e chegar em primeiro lugar.

Interlagos foi ao delírio, com o público invadindo a pista e cantando o nome do piloto sem parar. Esgotado, o brasileiro deixou o motor Honda apagar na volta de desaceleração, e foi atendido ainda na pista. No pódio, subiu no degrau mais alto segurando uma bandeira brasileira, e superou a dor para levantar o troféu. O primeiro e inesquecível troféu de vencedor do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

Chuva para Ayrton não era desculpa.

2 - A falta de chuva não foi empecilho

Dentre as muitas dificuldades apresentadas pela Região Nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando pobreza e fome.

Situação repetida ao longo de vários anos sem solução criativa.

Não sendo especialista no assunto, pouco tenho a contribuir, porém, acho interessante algumas soluções que se tornaram sucesso no mundo, mas nunca foram adotadas no Nordeste.

Uma cidade que nasceu em um deserto é a que mais cresce nos USA. Em 1954 Las Vegas era apenas um deserto. É um exemplo de como transformar uma localidade deserta, seca e sem capacidade de produzir nada, em um pólo turístico lucrativo que gera emprego e renda para milhares de pessoas. Até 1829 era uma área ocupada pelos índios Paiute. Foi redescoberta pelo explorador mexicano Rafael Rivera. Até 1905 Las Vegas era simplesmente uma parada de trem, nada mais. Hoje Las Vegas recebe 30 milhões de pessoas por ano, todos gozam de prosperidade, porém, em 1906 o número de habitantes de Las Vegas era de 30 pessoas. Que não se conformaram que a falta de chuva atravancasse o desenvolvimento...

domingo, 8 de março de 2009

Criar a nossa lente, nossa oportunidade

"UMA ROSA É UMA ROSA É UMA ROSA" a frase é de autoria de Gertrude Stein, 1874, Pensilvânia, EUA,tornou-se um dos versos mais famosos da literatura, fala de muita coisa e ao mesmo tempo só fala de rosas, caso não tivermos uma lente ou criatividade para enxergar outras coisas.

Polêmicas à parte, ter uma interpretação diferente para uma mesma coisa levou muita gente a criar coisas novas a partir de algo que outras pessoas não enxergavam oportunidades. É a tal da lente da nossa visão, ela é construída ao longo de nossa vida, é ela que proporciona toda a nossa maneira de ver, de interpretar as coisas do nosso mundo.

A migração descontrolada, os dekasseguis, os turcos na Europa, os latinos nos EUA, os nordestinos no Brasil, enfim toda movimentação de etnias tem criado um monte de dificuldades de adaptação, em qualquer lugar do mundo.

Para Samuel Klein a coisa tinha outro tom, ele enxergou um grande negócio: vender cobertores a população nordestina de baixa renda, que iniciava a migração para São Paulo.

Em 1952, quando Samuel chegou ao Brasil, Juscelino Kubitschek tinha autorizado as automobilísticas multinacionais a instalarem em São Paulo suas montadoras e, para isso, precisavam de mão de obra. Como essa mão de obra veio do Norte e Nordeste do país - conhecidas pelo clima muito quente – teriam muitas dificuldades para enfrentar a terra da garoa e suas baixas temperaturas..Em São Caetano do Sul São Paulo, iniciou a sua vida de comerciante com grande sucesso.

Surgiu porém um outro desafio, os humildes imigrantes e consumidores classe C, não tinham dinheiro.

Qualquer comerciante não venderia para quem não tivesse dinheiro. Samuel começou a oferecer uma grande facilidade: quando alguém dizia que não tinha condições de pagar, Klein oferecia algumas facilidades: deixava levar o produto e pagar em prestações, tudo no crediário.

Outro exemplo de ver oportunidades onde as pessoas não dão importância.

Ele enxergou que as pessoas tinham de renovar seus títulos de eleitor, resolveu vender capinhas de plástico que servissem para guardar os documentos, nessa pequena oportunidade a matemática financeira funcionava da seguinte forma; custavam 3 cruzeiros cada capinha, e podia revender-las por 5. Foi o grande início, passou a vender canetas e outras bugigangas.

Silvio Santos, aos 18 anos, já era um dos camelôs mais famosos do centro do Rio de Janeiro. Ganhava três salários mínimos por dia, porém sua visão não parou por aí. Numa das viagens na barca de travessia Rio Niterói, ele percebeu que poderia explorar comercialmente o tédio das pessoas que viajavam nas barcas entre o Rio e Niterói. Convenceu, então, os administradores do transporte a deixá-lo tocar um serviço de alto-falantes em uma das barcas. Silvio Santos colocava no ar músicas durante a travessia da barca e, nos intervalos, veiculava anúncios onde praticava venda de produtos com oportunidades de bons preços, com isso ele não tinha consciência mas fundava a primeira propaganda radiofônica do Brasil, usando a mídia popular .

Exemplos não faltam, o importante de toda essa história é criarmos a nossa lente.

Como ela deverá ser? Composta de otimismo, ou seja, onde todos enxergam desgraça, devemos ver oportunidades? Ou a nossa lente deverá ser uma soma de oportunidades, onde todos enxergam 10 devemos criar 100? Ou ainda, devemos considerar que todos os amigos são nossas fontes de renda? Enfim o resultado das coisas depende da nossa maneira de enxergar, da eficiência de nossa lente.

Uma rosa era uma rosa, uma rosa poderá ser amor, uma rosa foi um negócio de US$ 4,1 milhões de receita do estado de Ceará, em 2006, uma rosa é cor, tudo depende de nossa lente e criatividade.

sábado, 7 de março de 2009

De lapiseira na mão e tamanco no pé

Enfrentando preconceitos e sem descuidar do lar, com muita criatividade e coragem as mulheres se posicionaram na sociedade masculina.

Quando entrei no escritório, fiquei surpreso em encontrar uma engenheira na mesa da gerência de um departamento que presumia ser de domínio masculino.

Ela já estava ciente de minha visita, e me esperava de lapiseira na mão, como se fosse a sua arma predileta.

Discutimos o tema em questão, chegamos num consenso e resolvemos da melhor forma possível, e sem muito prejuízo para ambas as partes, graças à competente atuação daquela profissional.

Quando voltei para o meu setor fiquei refletindo sobre a atuação daquela gerente, de como as mulheres já dominam as atividades, que há poucas décadas atrás eram de predominância dos homens.

Como podemos chamar tudo isso? Igualdade? Equiparação? Equalização com o sexo masculino?

Acho correto, a mulher se igualar ao homem em direitos, sob a ótica de cidadão, conquistar novos postos de trabalho, porém acho grosseiro se intrometer em trabalhos braçais, cai no ridículo.

Acho venerável conquistar mesmos níveis salariais dos homens, em funções semelhantes.

E finalmente, desmistificar que certas atividades intelectuais sejam de domínio masculino, como alegavam alguns especialistas...

Cientistas e historiadores nos contam que, nos primórdios da civilização e dos nossos ancestrais, na época das cavernas, cabia ao homem caçar e trazer o alimento para a fêmea, a mulher, a esposa, cabia-lhes assar e preparar o “almoço para a família”.

Como herança dessas atividades, está no gene que o homem era especialista em assuntos exatos, bélicos, lógicos, empresariais e corporativos, enquanto que a mulher gerenciava assuntos familiares, emocionais e sentimentais. A realidade tem nos surpreendido.

Com o advento da competitividade, do treinamento maciço, do nivelamento de conhecimentos técnicos, e da racionalização, aumentou se o desemprego em virtude da automação e redução de custos.

Tempos modernos. Para a família cujo marido é provedor da renda familiar, quando este fica desempregado não tem alternativa, senão a mulher e mãe enfrentar a sociedade e preconceitos para trabalhar “fora de casa”, e sustentar a família, para a sobrevivência de todos.

Tivemos a grande evolução em poucas décadas, e, me lembro muito bem de quando mamãe e as minhas tias andavam de tamancos nos pés, porque toda hora viviam andando sobre o chão molhado.

Ora porque tinham que lavar e esfregar o cimento liso (naquela época o piso cerâmico ainda não era privilégio de todas as casas), ora porque tinham que ficar no tanque lavando as nossas roupas e por conseqüência molhavam o chão e os pés. Enfim o tamanco era “um equipamento pessoal”.

Uma coisa importante. A evolução aconteceu graças à luta das mulheres em reagir estudando, procurando empregos, competindo, com muita criatividade e com pouquíssimo tempo, pois, ao mesmo tempo tiveram que cuidar do lar, o emprego e a carreira profissional.

É verdade que a tecnologia agraciou-as com facilidades como as máquinas de lavar roupas e louças, bem como o mercado teve uma invasão de comidas prontas, que em poucos minutos são aquecidas em microondas para consumo. O mundo ficou sem dúvida mais fácil para as mulheres.

Porém, essa luta para sustentar a família só tem tido sucesso graças a uma habilidade pessoal delas, a criatividade.

Nessa competição homem mulher para atingirem o sucesso, a criatividade tem sido a grande arma das mulheres que estatisticamente tem demonstrado mais empreendedorismo que os homens. E os homens hão de reconhecer.

Pois com poucos recursos e sem cursos de Pós Graduação, tem confeccionado salgadinhos, bonequinhas, bordados, bijuterias, para ajudar no sustento da família, tem aberto salões de belezas, tem sido criativas e empreendedoras desenvolvendo, por exemplo, técnicas de alisamento de cabelo, que não existe em nenhum lugar no mundo, tem aberto Spas, tem arregimentado companheiras para as campanhas aos necessitados.

E a mais agressiva tem largado as novelas, para se atirarem em cursos noturnos e até conquistarem diplomas em faculdades para obterem uma formação acadêmica e lutar cara a cara com os homens.

Enfim, hoje elas realmente abriram o leque de atuação na sociedade tanto no lar, sendo criativas em economizar o tempo, para estudarem, bem como serem criativas e desenvolverem inovações empresariais. A mulher já está de lapiseira na mão, como muitos homens, nas empresas, mas consegue também, manter os tamancos nos pés cuidando do lar!

Você minha amiga! Vai de lapiseira ou tamanco?

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Onde ele bebe a sua água

A onça, como todo animal, tem sede e bebe água, é o momento que ele fica vulnerável e o caçador poderá caçar com vantagem. Achar um cliente também é uma caça...

O sucesso de qualquer negócio é vender bem, porém praticar essa máxima se torna muitas vezes um trabalho quase impossível.
Estudos na área de publicidade e marketing têm desenvolvido, e profissionais tem insistentemente praticado aquelas teorias de comunicação, para atingirem as massas sensíveis ao consumo, pensar no melhor meio de linguagem, elaborarem a melhor propaganda para incitar o cliente a consumir o produto.
Tudo pronto, porém falta uma coisa importante: onde encontrar clientes com perfil de consumo?
Gilberto Gil, Geraldo Vandré, e Chico Buarque de Holanda se encontravam no João Sebastião Bar, reduto paulista da bossa nova na época, para desfrutar de algumas horas de inspiração, bate papo e oportunidades, daquele bar, ponto de encontro de vários monstros do MPB, nasceram obras como A Banda, música ganhadora do II Festival de Música Popular Brasileira. Foi o mesmo local onde Caetano Veloso se impressionou em ouvir o Chico Buarque cantando Olé olá.
Assim, é importante percebermos que existem na sociedade outros points interessantes onde pessoas de mesmo tipo e interesse se reúnem em torno de um assunto em comum.
É o tal do segmento de consumidores que estão reunidos por tipo de pessoas.
Leio num jornal do bairro uma triste declaração de um profissional
Vender imóvel é ganhar na loteria, devido ao alto valor de um imóvel e difícil achar um cliente com dinheiro para comprar a vista.
Infelizmente não sou escolado na matéria de publicidade ou marketing, mas tenho uma solução, é uma teoria que tem funcionado muito bem, ou seja, lembrar o que os nossos avós diziam:
Descubra onde a onça bebe a sua água, e espere de tocaia, com certeza ele virá beber a sua água no mesmo local de sempre, essa é a sua oportunidade de dar o bote.
Comigo tem acontecido um fato digno de estudos e reflexões, que entendo ser possível aproveitar numa estratégia de vendas. Na seção de vinhos sempre tento “puxar” uma conversa com o cliente ao lado para tentar aprender um pouco sobre a opinião pública sobre essa bebida secular. Todos têm a sua teoria do “melhor vinho”, porém, ao longo de todas essas conversas, a princípio jogadas fora, sem muito compromisso, tenho notado uma coisa muito interessante voltada ao consumismo, a presença maciça de um tipo de pessoas que consomem vinhos. São gerentes de multinacionais, empresários, presidentes de entidades, escritores, médicos especialistas, jornalistas, advogados etc.Perceberam? Todos consumidores da classe A e B.
Repito não sou vendedor, porém impressiono-me como todo esse pessoal bebe daquela água colorida chamada vinho...
Expandindo a minha teoria, hoje posso entender a filosofia de muitos eventos, feiras, encontros e confrarias que acabam arregimentando pessoas de mesmo gosto e nível.
O segredo é utilizar a criatividade e descobrir onde as pessoas bebem água, ou vinho, se esse for o caso, para conquistar amizades e finalmente dar o bote da venda de seu produto...